A América do Sul foi marcada desde o fin de siècle XX por importantes mudanças na política, economia e sociedade. Sem reverter o quadro de pobreza e desigualdade, a transição para a democracia e a liberalização econômica culminou em duas forças poucos coesas. De um lado, as forças produtivas e financeiras, do outro, as calles, forças populares de mobilização social. A reorganização dos trabalhadores urbanos e rurais, das mulheres, negros e indígenas foram, na década de 90, direcionadas com a formação de um ciclone: a incipiente autonomia dos usuários acoplados à rede mundial de computadores.
Da antiga Web 1.0, voltada para o negócio e o comércio eletrônico, a Web 2.0, baseada na comunicação entre as pessoas e comunidades, proporcionou instrumentos de compartilhamento de informações produzidas pelos usuários. Cada membro anteriormente alijado por duas décadas da liberdade de expressão na América Latina conseguiu, por meio dela, controlar dados e acessar inúmeros conteúdos produzidos pelas mais diferentes pessoas. Nesse balaio de informação processos sociais que existiam sem a interferência da mídia, aos poucos, passaram a articular idéias de forma autônoma numa grande rede de reflexão e conexão de diversos grupos de pressão para além das fronteiras nacionais. Ora com pouca mobilização ora sem debates profundos a conectividade de grupos sociais, populares, sindicais, acadêmicos e artísticos circulam, ao menos, com crescente fluidez.
Em entrevista para o Instituto Humanistas Unisinos, em abril de 2009, o doutor em comunicação José Luiz Braga deixou claro: “Viemos de uma situação marginal do mundo da escrita. (...) Entre as desvantagens, lembro que o livro foi responsável pelo mundo europeu por processos de racionalidade que estão na base do pensamento político e democrático. É a escrita que realiza a separação necessária para a crítica”.
Mesmo com 10,9% do acesso à internet no Mundo concentrado na América Latina, segundo dados de pesquisa da Nielsen Online, usuários e provedores de conteúdos, um e outro, são concentrados nos países desenvolvidos. Para minimizar a brecha digital o próprio MERCOSUL propôs acelerar o comércio eletrônico e canais de comunicação da sociedade civil para, além de tudo, reforçar a identidade do bloco de integração regional.
Desde 1993, ambos os Tratado de Assunção e Protocolo de Ouro Preto consideram o direito à informação do consumidor nas transações comerciais por meio da internet. Em 2006, o bloco formalizou a interiperatividade regional para o comércio e a sociedade civil. De acordo com o próprio tratado era de vital importância “(...) incluir as pessoas físicas e jurídicas do MERCOSUL como atores relevantes da Sociedade da Informação, com identidade própria e adequada visibilidade na ‘World Wide Web’”.
Aos poucos, eventos sociais ganham força por meio dela, como as reuniões e fóruns de discussão para o Fórum Social Mundial. No entanto, o processo desordenado repercute nada mais, nada menos, do que o conhecimento elitista e de poucos grupos sociais dispersos. No entanto, de alguma forma ou de outra, o conteúdo protagonizado pelos comuns para a internet encaminha valores e normas em sociedades desejosas de inclusão política e social.
O Cone Sul, de modo geral, identificado como a periferia ou semiperiferia por sua intermediária vulnerabilidade econômica, por suas instituições democráticas frágeis e pela busca constante do buen vivir, em larga medida, desde os anos 80 demandava a popularização do acesso à informação. De acordo com a cúpula da UNESCO a difusão de conhecimentos e o acesso à informação determinaria, em grande medida, o desenvolvimento dos países pobres.
Entre tantos meios de comunicação o acesso à internet não fomentou, no decorrer da história, o que poderíamos identificar como provedor do "bem-estar social" da América Latina. Na verdade, até hoje poucos entre uma multidão de iletrados tem interesse e condições de criticar, redimensionar e pautar a sociedade e o próprio uso da internet.
Em entrevista para o Instituto Humanistas Unisinos, em abril de 2009, o doutor em comunicação José Luiz Braga deixou claro: “Viemos de uma situação marginal do mundo da escrita. (...) Entre as desvantagens, lembro que o livro foi responsável pelo mundo europeu por processos de racionalidade que estão na base do pensamento político e democrático. É a escrita que realiza a separação necessária para a crítica”.
Mesmo com 10,9% do acesso à internet no Mundo concentrado na América Latina, segundo dados de pesquisa da Nielsen Online, usuários e provedores de conteúdos, um e outro, são concentrados nos países desenvolvidos. Para minimizar a brecha digital o próprio MERCOSUL propôs acelerar o comércio eletrônico e canais de comunicação da sociedade civil para, além de tudo, reforçar a identidade do bloco de integração regional.
Desde 1993, ambos os Tratado de Assunção e Protocolo de Ouro Preto consideram o direito à informação do consumidor nas transações comerciais por meio da internet. Em 2006, o bloco formalizou a interiperatividade regional para o comércio e a sociedade civil. De acordo com o próprio tratado era de vital importância “(...) incluir as pessoas físicas e jurídicas do MERCOSUL como atores relevantes da Sociedade da Informação, com identidade própria e adequada visibilidade na ‘World Wide Web’”.
Aos poucos, eventos sociais ganham força por meio dela, como as reuniões e fóruns de discussão para o Fórum Social Mundial. No entanto, o processo desordenado repercute nada mais, nada menos, do que o conhecimento elitista e de poucos grupos sociais dispersos. No entanto, de alguma forma ou de outra, o conteúdo protagonizado pelos comuns para a internet encaminha valores e normas em sociedades desejosas de inclusão política e social.
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